A rejeição, em
qualquer circunstância ou por diversas causas, é a pior coisa que aflige seres
humanos, sejam eles recém natos, crianças, adolescentes, adultos ou idosos. As
leis brasileiras deveriam ser mais severas com os culpados, principalmente as rejeições
que possam impactar a saúde emocional e física das pessoas que as sofrem.
Animais de estimação, principalmente cães e gatos, também sofrem esse tipo de
violência abominável e são abandonados à própria sorte.
São exemplos clássicos de rejeição, um recém nato ser abandonado pela própria mãe após o parto alegando não ter condição
de mantê-lo. Ou pior ainda: ser jogado no lixo; crianças que, em virtude do
falecimento dos pais e não tendo alguém
da família que possa assumir sua tutela, acabam em orfanatos à espera de adoção;
adolescentes que, não vigiados pelos pais ou influenciados por colegas, principalmente
nas escolas, acabam frequentando ambientes impróprios à sua idade consumindo
drogas, um dos caminhos para a criminalidade; adultos, jovens ou maduros, desempregados
que não conseguem novo emprego. Sem condição por razões diversas, de melhorar
seu currículo, ingressam em grupos ou facções com atividades consideradas de
alta periculosidade. Acabarão traficantes e serão mortos por rivais, presos ou condenados.
Existe outra forma de rejeição e, por
incrível que pareça, entre membros da própria família. São causadas por rixas
entre irmãos por heranças ou, às vezes mais banais, como o ciúme. Podem acabar
em simples lesões corporais, em boletins de ocorrência ou até mortes. De acordo
com a história bíblica narrada no livro Gênesis, Caim e Abel foram os dois
primeiros filhos de Adão e Eva. Caim matou Abel por ciúme em uma emboscada,
pelo simples fato de Deus ter aceitado a “oferta” de Abel e recusado a dele. Aproveitando
a literatura bíblica, um outro exemplo de rejeição em família é a história de
José do Egito, filho de Jacó e Raquel. José era o preferido entre todos os
filhos por sua maior inteligência e o dom de interpretar sonhos corretamente.
Os irmãos, movidos pela inveja e ciúme, o venderam como escravo para o Egito. Porém,
o humilhado e rejeitado José acaba se tornando governador do Egito e salvou o
país durante um período de fome por ele previsto.
Com idosos, o problema da rejeição ou abandono
é ainda pior sob certos aspectos porque nem sempre é conhecida pelos mesmos
para se defenderem caso se julguem vítimas. Rejeição é a sensação de não ser
aceito ou valorizado enquanto o abandono é a sensação de ser deixado de lado. Essas
duas situações estão se tornando cada vez mais frequentes com pessoas acima de
60 anos, visto que o tempo médio de vida dos seres humanos está aumentando a
cada década. O Estatuto do idoso é regulado pela Lei 10.741 de 1/10/2003 que
visa assegurar a dignidade, o bem estar e a cidadania dos idosos. Só nos resta
filosofar porque precisamos de respostas a todas as questões sobre rejeição
para viver melhor...

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