As
empregadas, principalmente as chamadas domésticas, são extremamente úteis para ajudar
uma família no dia a dia. Dependendo do
tipo de moradia, casa ou apartamento, do número de cômodos e de pessoas que as
habitam, a complexidade dos seus afazeres será maior ou menor assim como suas
responsabilidades. Podem ser diaristas, efetivas com carteiras profissionais assinadas
ou, serem apenas informais e trabalharem duas ou três vezes por semana. Também
podem ser apenas faxineiras. Neste caso, dependendo do tipo de faxina, semanal
ou mensal, uma jornada não é suficiente para concluir sua tarefa. As empregadas
podem ser vinculadas à uma empresa e por esta selecionadas, ou serem autônomas.
Neste último exemplo, cabe ao patrão pagar os direitos trabalhistas bem como
assinar admissão e demissão das mesmas em suas respectivas carteiras. A grande
maioria das empregadas desempenha à contento suas funções. Entretanto, outras sem experiência neste ramo,
terão dificuldades. Paciência dos patrões para ensiná-las mínimas coisas.
Acho que ser de confiança, ter
uma carta de referência, ser indicada por alguém ou enviada por uma
empresa especializada no ramo, são coisas muito importantes para admitir
uma pessoa estranha que terá livre acesso a todas as dependências de uma
habitação, até as privativas.
Porém,
uma coisa é certa: não existem mais empregadas como antigamente. E não vou
citar aqui às do tempo da escravidão. Isso é coisa do passado. Aproximadamente,
até 1950, algumas empregadas eram tão eficientes e bem-quistas que acabavam
sendo “adotadas” por seus patrões. Além de terem seu quarto e banheiro
próprios, eram consideradas “da
família” e tinham ampla e total liberdade para entrar e sair do imóvel, nas
horas que bem entendessem. Ainda escrevo mais: quantas casaram e escolheram
seus patrões como padrinhos e com direito a todos os cerimoniais próprios à
data.
Atualmente tudo está mudado. Os
arquitetos não incluem mais quartos de empregada nas plantas para construir casas
ou edifícios de apartamentos. Em alguns projetos, incluem apenas um pequeno
banheiro.
Sendo assim, empregadas não dormem mais na casa dos patrões, salvo em alguma emergência. Mas uma coisa é comum a todas: espanador em uma das mãos e o celular na outra...
Também
são fofoqueiras. Onde moro atualmente, diariamente várias delas se encontram no
“hall” da portaria e, enquanto aguardam a hora para subirem para os
apartamentos onde trabalham, fofocam. E o pior: falam mal de tudo e de todos,
até dos patrões...
Na
segunda parte deste trabalho, contarei algumas histórias sobre empregadas. Prometo
que será, além de interessante, bem mais divertido...

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